quarta-feira, 25 de novembro de 2009

HINO DA PADROEIRA E RAINHA DE PORTUGAL


Salve, nobre Padroeira
Do Povo, teu protegido,
Entre todos escolhido,
Para povo do Senhor.


Ó glória da nossa terra,
Que tens salvado mil vezes,
Enquanto houver Portugueses,
Tu serás o seu amor.


Com tua graça e beleza
Um jardim não ornas só,
Linda flor de Jericó,
De Portugal és a Flor!


Flor de suave perfume,
Para toda a Lusa gente,
Entre nós, em cada crente
Tens esmerado cultor.


Acode-nos, Mãe piedosa,
Nestes dias desgraçados,
Em que vivemos lançados
No pranto, no dissabor.


Lobos famintos, raivosos
O teu rebanho atassalham,
As ovelhas se tresmalham,
Surdas à voz do pastor.


Da fé a lâmpada santa,
Que tão viva outrora ardia,
Se teu zelo a não vigia,
Perde o restante fulgor.


Ai! da Lusa sociedade,
Se o sol do mundo moral
Se apaga… Ó noite fatal!
Ó noite de negro horror!


És a nossa Padroeira,
Não largues o padroado
Do rebanho confiado
A teu poder protector.


Portugal, qual outra Fénix,
À vida torne outra vez.
Não se chame Português
Quem cristão de fé não for.


Composto pelo Padre Francisco Rafael da Silveira Malhão (Óbidos, 1794 - ibidem, 1860), por ocasião da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio IX, em 8 de Dezembro de 1854

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